Depois de uma greve em 2010 de dois meses, chamada pelos estudantes em defesa de uma política de expansão de qualidade, a UNIFESP Baixada Santista entra em greve novamente esse ano. Dia 20 de Junho os técnicos entraram em greve reivindicando 30 horas da jornada; mais concursos públicos; contra o congelamento de 10 anos do salário; contra assedio moral que eles sofrem cotidianamente nas universidades e dia 22 de agosto, professores entraram em greve em plena campanha salarial e discussão de planos de carreira, como não poderia faltar, estudantes realizaram no mesmo dia uma assembléia e aprovaram greve em unanimidade, em solidariedade a luta de técnicos e docentes, reivindicando a efetivação das promessas da greve de 2010 e por uma política de expansão de qualidade e investimento de 10% do PIB na educação.
A greve deve seguir até o dia 31 de agosto, onde os docentes irão realizar nova assembléia para decidir se mantém ou não a greve, de acordo com as avaliações do resultado das negociações da pauta salarial e da carreira docente, junto ao governo. Na mesma data, estudantes e técnicos também realizarão assembléias por categoria, que culminarão em uma assembléia geral dos três setores para firmar os rumos do movimento.
Podemos observar a intransigência do governo Dilma, que até agora com dois meses de greve dos servidores técnicos ainda não abriu se quer uma mesa de negociação com a categoria. Os docentes que estão sem reajuste salarial desde julho de 2010, receberam a proposta de um ínfimo reajuste de 4% para julho de 2012, proposta essa que sequer repõem as perdas da inflação do último período. Nós estudantes, nos posicionamos em total apoio a luta dessas categorias, entendo a pertinência das pautas e que essas extrapolam simplesmente a questão salarial e aprofundam um debate de qual projeto de educação o governo federal está a serviço.
Nosso campus, é só mais um retrato das conseqüências de um projeto nacional de expansão precarizada, o Reuni, onde após 6 anos e com duas turmas já formadas não temos, se quer, prédio próprio da universidade e realizamos nossas atividades em 3 prédios alugados e distantes entre si, sendo um deles um colégio privado. Como se não bastasse, faltam estruturas de laboratórios, salas de aula, e o curso de Ed. Física, ainda não possui uma quadra própria para as aulas práticas do curso. Isso sem falar, da inexistência de políticas concretas de permanência estudantil, que podiam fazer a diferença, como a construção de moradias estudantis, bolsas segundo a demanda dos estudantes, creche universitária, e assim por diante.
Esse projeto de expansão iniciado em 2007, vêm se agravando a cada dia, temos hoje 20% a mais de estudantes que ingressam na universidade do que no primeiro ano do projeto, no entanto não tivemos um aumento na contratação de servidores técnicos e docentes na universidade, tampouco tivemos aumento de verbas para investir em estrutura e políticas para acolher esses novos estudantes, seja no contexto prático das atividades acadêmicas, como em políticas de permanência que reduzam a evasão. Assim, a qualidade com certeza fica comprometida.
Nesse sentido, acreditamos que a juventude não pode mais esperar quer seja para ter acesso ao ensino superior público, mas, sobretudo , a um ensino superior publico de qualidade, com estrutura, investimento e valorização dos profissionais da educação. E é por isso que questionamos esse projeto e o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que além de mais uma vez estimular o ensino privado no país, pretende condenar por mais 10 anos, o atraso histórico de investimentos em educação no país.
O governo Dilma discursa sobre o crescimento econômico do país e das maravilhas da expansão das universidades federais, no entanto, cortou no início do ano 3,5 bilhões da educação, e agora nos apresenta esse novo PNE. Se o país cresceu, se realmente o governo entende a valorização da educação como prioridade, por que ainda não sentou pra negociar com os técnicos? Por que rebaixa a carreira docente? Porque corta investimento em educação?
Se o Brasil cresceu, os trabalhadores e a juventude também querem o seu! Na luta contra universidade pública elitizada, não temos só a expansão precarizada como saída e por isso, técnicos, docentes e estudantes, apontam nessa greve um novo caminho e um outro projeto de educação oposto ao do governo Dilma e Fernando Haddad!
Continuaremos na luta e saudamos todos aqueles que hoje fazem greves e ocupam reitorias país a fora em defesa da educação de qualidade. E juntos lançamos aqui um desafio, a esses que se dizem tão comprometidos com a educação no país: O atendimento imediato das pautas de técnicos, docente e estudantes em greve no país e o investimento de 10% do PIB pra educação, já!!
A greve deve seguir até o dia 31 de agosto, onde os docentes irão realizar nova assembléia para decidir se mantém ou não a greve, de acordo com as avaliações do resultado das negociações da pauta salarial e da carreira docente, junto ao governo. Na mesma data, estudantes e técnicos também realizarão assembléias por categoria, que culminarão em uma assembléia geral dos três setores para firmar os rumos do movimento.
Podemos observar a intransigência do governo Dilma, que até agora com dois meses de greve dos servidores técnicos ainda não abriu se quer uma mesa de negociação com a categoria. Os docentes que estão sem reajuste salarial desde julho de 2010, receberam a proposta de um ínfimo reajuste de 4% para julho de 2012, proposta essa que sequer repõem as perdas da inflação do último período. Nós estudantes, nos posicionamos em total apoio a luta dessas categorias, entendo a pertinência das pautas e que essas extrapolam simplesmente a questão salarial e aprofundam um debate de qual projeto de educação o governo federal está a serviço.
Nosso campus, é só mais um retrato das conseqüências de um projeto nacional de expansão precarizada, o Reuni, onde após 6 anos e com duas turmas já formadas não temos, se quer, prédio próprio da universidade e realizamos nossas atividades em 3 prédios alugados e distantes entre si, sendo um deles um colégio privado. Como se não bastasse, faltam estruturas de laboratórios, salas de aula, e o curso de Ed. Física, ainda não possui uma quadra própria para as aulas práticas do curso. Isso sem falar, da inexistência de políticas concretas de permanência estudantil, que podiam fazer a diferença, como a construção de moradias estudantis, bolsas segundo a demanda dos estudantes, creche universitária, e assim por diante.
Esse projeto de expansão iniciado em 2007, vêm se agravando a cada dia, temos hoje 20% a mais de estudantes que ingressam na universidade do que no primeiro ano do projeto, no entanto não tivemos um aumento na contratação de servidores técnicos e docentes na universidade, tampouco tivemos aumento de verbas para investir em estrutura e políticas para acolher esses novos estudantes, seja no contexto prático das atividades acadêmicas, como em políticas de permanência que reduzam a evasão. Assim, a qualidade com certeza fica comprometida.
Nesse sentido, acreditamos que a juventude não pode mais esperar quer seja para ter acesso ao ensino superior público, mas, sobretudo , a um ensino superior publico de qualidade, com estrutura, investimento e valorização dos profissionais da educação. E é por isso que questionamos esse projeto e o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que além de mais uma vez estimular o ensino privado no país, pretende condenar por mais 10 anos, o atraso histórico de investimentos em educação no país.
O governo Dilma discursa sobre o crescimento econômico do país e das maravilhas da expansão das universidades federais, no entanto, cortou no início do ano 3,5 bilhões da educação, e agora nos apresenta esse novo PNE. Se o país cresceu, se realmente o governo entende a valorização da educação como prioridade, por que ainda não sentou pra negociar com os técnicos? Por que rebaixa a carreira docente? Porque corta investimento em educação?
Se o Brasil cresceu, os trabalhadores e a juventude também querem o seu! Na luta contra universidade pública elitizada, não temos só a expansão precarizada como saída e por isso, técnicos, docentes e estudantes, apontam nessa greve um novo caminho e um outro projeto de educação oposto ao do governo Dilma e Fernando Haddad!
Continuaremos na luta e saudamos todos aqueles que hoje fazem greves e ocupam reitorias país a fora em defesa da educação de qualidade. E juntos lançamos aqui um desafio, a esses que se dizem tão comprometidos com a educação no país: O atendimento imediato das pautas de técnicos, docente e estudantes em greve no país e o investimento de 10% do PIB pra educação, já!!
ANEL BAIXADA SANTISTA