27 de maio de 2013

Em São Paulo, é hora de ir às ruas lutar por nossos direitos!

Esse final de semana aconteceu em São Paulo a Marcha das Vadias, um importante movimento protagonizado por mulheres jovens que lutam pela liberdade de sua expressão sexual e pelo direito à autonomia do próprio corpo.
            A juventude de todo o mundo está se mobilizando ao redor de uma série de pautas, seja pelo combate ao machismo, a como vimos na Marcha das Vadias, seja pela melhoria da educação, pelo direito à saúde, contra o aumento das tarifas do transporte público, por um meio ambiente saudável, pela liberdade de amar ou contra o genocídio da juventude pobre, negra e periférica. Na verdade, a juventude está se organizando e lutando pelo seu direito ao futuro!
            Em São Paulo não é diferente, a exemplo da Marcha das Vadias que ocorreu no último final de semana, temos organizado um calendário de lutas da juventude, que compreende um ato contra o aumento das tarifas de ônibus e metrô no dia 06/06 e a Marcha da Maconha no dia 08/06.
            A Marcha das Vadias aglutinou milhares de mulheres e homens que lutam pela liberdade sexual e contra a violência que atinge as mulheres. As mulheres jovens são hoje grandes vítimas dessa violência, que se expressa de diversas formas: no constante medo de ser estuprada ao sair na rua, na existência dos trotes machistas nas universidades, na não aplicação da Lei Maria da Penha pelo Governo Federal, na criminalização do aborto, dentre outras.
            Sendo assim, é muito importante que a juventude saia às ruas dizendo que não vai tolerar qualquer tipo de violência ou opressão contra a mulher.
            Em relação ao transporte, foi declarado o aumento das tarifas de ônibus e metrô para R$ 3,20 no dia 01/06. Esse aumento afeta diretamente a juventude e é um reflexo de o quanto as políticas de Alckmin e Haddad caminham de mãos dadas, privilegiando os grandes empresários do transporte que financiaram suas campanhas em detrimento dos direitos da juventude e da classe trabalhadora.
            Os jovens de Natal, Teresina e de Porto Alegre já foram às ruas protestar contra o aumento das tarifas e agora chegou a nossa vez, vamos construir um grande ato para barrar esse aumento no dia 06/06 às 17 horas em frente ao Teatro Municipal. Além disso, há indicativo de greve dos metroviários essa semana e é fundamental que a juventude apóie e se some à luta dos trabalhadores do Metrô contra o aumento da tarifa, na reivindicação de melhores salários e melhores condições de trabalho.
            A Marcha da Maconha está sendo construída simultaneamente em várias cidades do país, e além da defesa do direito ao corpo e à liberdade individual se relaciona com o fim da violência que está por trás da proibição, gerando o encarceramento em massa e contribuindo para o genocídio da juventude preta moradora das periferias da cidade.
            A ANEL esteve presente na Marcha das Vadias e estará presente também no ato contra o aumento da passagem e na Marcha da Maconha.
              Estamos construindo o nosso II Congresso Nacional, que acontecerá em Juiz de Fora – MG, nos dias 30/05 à 02/06, o congresso do movimento estudantil onde as lutas da juventude de todo o país se encontrarão.
                No CONANEL debateremos em nossos painéis temáticos os assuntos que estão mobilizando a juventude, como o transporte, com a presença do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e o Movimento Passe Livre (MPL); a descriminalização das drogas, que contará com a presença do professor da USP Henrique Carneiro e o Coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR); a questão da demarcação das terras indígenas, a criminalização dos movimentos sociais, a saúde, Copa do Mundo, as revoluções do mundo árabe e a restrição à meia entrada.

                Além disso, haverá um dia voltado exclusivamente ao debate e à construção de oficinas sobre as opressões e o papel que elas cumprem no nosso sistema econômico. A mesa sobre o machismo tem como convidados o Movimento Mulheres em Luta (MML), e a blogueira feminista Lola, do blog Escreva Lola.

                Contaremos, ainda, com a presença de jovens de diversos lugares do mundo, como a Espanha, a Síria, o Chile e o Quebec. Esses jovens estão passando por importantes processos de lutas em seus países, e vieram compartilhar sua experiência com os estudantes do Brasil, na luta por um novo projeto de educação, que fuja dos moldes do proposto pelo FMI, e na luta pelo seu direito ao futuro.

                Se você acredita que a juventude tem direito ao futuro, vem com a gente, vem pro II Congresso Nacional da ANEL!


13 de maio de 2013

Todos a luta no #17M!

O dia 17 de maio será de muita luta no país inteiro. E em São Paulo não vai ser diferente, no dia 14/05 o estado irá parar. Em Franca, São Vicente, Araraquara e outros lugares estarão paralisados, reivindicando uma política de permanência estudantil suficiente para as demandas da UNESP e também para impedir a concretização do PIMESP, o projeto racista e precarizante do PSDB.
Esse será o primeiro momento da luta, mas não pára por aí. No dia 17/05, professores, estudantes e funcionários de toda a UNESP se reunirão na plenária, em frente à reitoria da universidade. A ANEL-SP não só se solidariza com a luta, como também convida para que todos os estudantes, das mais diversas unviersidade estejam presentes em apoio à essa mobilização.
Se em Brasília, a ANEL estará debatendo com o MEC por nossas demandas, no país inteiro estaremos nas ruas, lutando e reivindicando nosso direito à moradia, transporte e condições para uma educação de qualidade. Participe!
 

CHAMADO À MOBILIZAÇÃO ESTADUAL DIA 17 DE MAIO EM SP


PLENÁRIA DE ESTUDANTES E PROFESSORES PELA MANHÃ NA FRENTE DO METRÔ ANHAGABAÚ

ATO EM FRENTE À REITORIA DA UNESP À TARDE!

POR PERMANÊNCIA ESTUDANTIL PLENA! CONTRA O PIMESP: POR COTAS DE VERDADE! DEMOCRATIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE: POR UMA ASSEMBLEIA UNIVERSITÁRIA QUE ACABE COM OS ESTATUTOS DA DITADURA!

A situação nas estaduais paulistas chegou a um momento crítico. Enquanto na UNESP a reitoria vem pra cima de trabalhadores e estudantes especialmente, querendo impor o grave ataque neoliberal do PIMESP, na esteira de seu planejamento estratégico privatista exposto no documento do PDI; a USP está ocupada pela polícia há quase dois anos, e estudantes em luta contra o estado militar são tratados como bandidos de alta periculosidade, ao mesmo tempo em que políticos corruptos colarinho branco, como Maluf circulam nos salões da burguesia; na UNICAMP, o avanço da terceirização e precarização do trabalho chega a níveis alarmantes.

Dizemos: Basta! 

Não aceitaremos mais um projeto de universidade de elite, sem políticas de permanências, para os pobres e filhos da classe trabalhadora que conseguem atravessar o filtro segregador do vestibular. Somos nós mesmos e nossos pais que sustentam esta universidade, foi o suor do povo que a construiu. Exigimos que o governo do estado de São Paulo e os reitores garantam políticas unificadas de permanência estudantil, afim de possibilitar que estudantes de baixa renda concluam seus cursos com tranquilidade, como forma de avançar na democratização da escola publica, levando em conta a história do Brasil e da formação do povo brasileiro.

Dizemos: Basta! 

Não aceitaremos que nos empurrem goela abaixo um programa racista e discriminatório como o PIMESP, que sob um verniz de cotas, traz em seu bojo um grave ataque neoliberal e precarizador das relações de trabalho, ensino e estudo. Não passarão! Os estudantes desta universidade declaram-se partidários de cotas proporcionais ao total da população do estado. Queremos que as entidades e movimentos historicamente ligados a questão das cotas participem dos debates e das decisões.

Exigimos que imediatamente se iniciem os procedimentos necessários para a instalação de uma Assembleia Universitária que modifique os estatutos da ditadura, e democratize as estruturas de poder, dando peso real decisório a categoria de trabalhadoras e trabalhadores e de estudantes. Não é admissível, sob nenhum ponto de vista, que uma universidade seja dirigida por castas privilegiadas --- que ironicamente se dizem partidários de cotas.

Fazemos o chamado a todos os estudantes e entidades estudantis, professores, movimentos populares e organizações do povo, a comporem a PLENÁRIA ESTADUAL DE ESTUDANTES, PROFESSORES E MOVIMENTO SOCIAIS afim de avançarmos nas mudanças estruturais necessária para garantirmos um país justo.

Ourinhos, 5 de maio de 2013

Conselho de Entidades Estudantis da UNESP-FATEC

UNESP em GREVE: Amanhã (14/05) é dia de luta em toda a UNESP!



Amanhã (14/05) é dia de luta em toda a UNESP!

O movimento estudantil da UNESP está em luta. Os campi de Ourinhos, Assis e Marília já estão em greve em defesa da permanência estudantil e contra o PIMESP. No campus de Araraquara os estudantes ocuparam as salas de aulas contra a repressão e em defesa da moradia estudantil. 

As unidades de Franca, São Vicente, Araraquara e São José do Rio preto, seguindo a orientação do conselho de entidades (CEEUF) realizado em Ourinhos na última semana, irão se somar a paralisação estadual do dia 14/05. Em todos esses campi as assembleias contaram com centenas de estudantes com muita indignação em relação a péssima situação da permanência estudantil. Além disso, hoje (13/05) muitos campi, como Bauru e Presidente Prudente, irão realizar assembleias para votar sua adesão à paralisação estadual. Os estudantes do instituto de filosofia e ciências humanas da Unicamp também irão paralisar suas aulas em solidariedade ao movimento da UNESP. O movimento cresce a cada dia!

A permanência estudantil é o conjunto de políticas e ações que garantem que os estudantes pobres e trabalhadores possam permanecer na universidade e concluir seus estudos. Entretanto, o governo do Estado de São Paulo e a Reitoria da UNESP levaram a política de permanência estudantil dessa universidade a um verdadeiro caos. Há muitas unidades onde sequer existe moradia estudantil ou restaurantes universitários. Nos lugares onde existem são extremamente precários e não atendem a demanda. As bolsas de assistência, que não chegam nem a metade de um salário mínimo, foram cortadas ou reduzidas. E em muitos casos, para ter uma bolsa o estudante deve trabalhar para a universidade!

Para piorar, o governo tucano quer aprovar, sem qualquer discussão com a comunidade acadêmica, um projeto de inclusão (PIMESP) que é uma verdadeira mentira e que não irá incluir os pobres e negros na universidade. Alckimin e o PSDB não abrem mão do seu projeto de universidade racista e excludente. Por isso, o movimento estudantil da UNESP não concorda com o PIMESP e está na luta pelas Cotas raciais proporcionais ao número de negros por estado.

A luta dos estudantes da UNESP é legítima e deve ter todo nosso apoio. Vamos organizar uma grande paralisação estadual amanhã (14/05)! A assembleia nacional dos estudantes livre (ANEL) apoia essa luta e coloca toda sua força para que os estudantes sejam vitoriosos. Por isso, fazemos um chamado a todos os estudantes das estaduais paulistas, e em especial da UNESP, para participar do ato em frente a Reitoria da UNESP (vale do Anhangabaú) e de uma plenária estadual no dia 17/05.

6 de maio de 2013

Confira o mais novo Boletim da ANEL-SP!


Boletim | ANEL São Paulo

Unificar as lutas em defesa da educação! 

Os professores da rede estadual de ensino estão em greve por melhores salários, condições de trabalho e direitos. Professores e estudantes do Centro Paula Souza estão lutando contra a precarização das ETECs e FATECs. Na rede municipal da capital paulista, professores se mobilizam por melhores salários e condições dignas de ensino. Estudantes da UNESP em greve por mais Permanência Estudantil, mais democracia e contra o PIMESP. O estado de São Paulo vai parar em defesa da educação pública gratuita e de qualidade. 

O descaso com a educação pública é uma realidade de todo o país. Em nosso estado, é evidente a precarização da escola pública e a desvalorização do professor. Nas três universidades públicas paulistas e no ensino técnico, avançam a elitização e a privatização.

No entanto, agora, chegou a vez dos estudantes e professores paulistas mostrarem ao conjunto da sociedade que as políticas educacionais do governo estadual também não nos contemplam. Estamos presentes em todas essas mobilizações, buscando unir professores e estudantes em defesa da educação. É preciso, também, unificar essas lutas!

A ANEL, portanto, faz um chamado ao conjunto dos movimentos e das entidades: vamos construir, no dia 10 de maio, um ato estadual unificado de Luta pela Educação!

 Greve da UNESP: expandir a mobilização e unificar todos os campi


O projeto de universidade do governo estadual pretende elitizar ainda mais a USP, a UNESP e a UNICAMP. Por isso, a enorme insuficiência das políticas de permanência estudantil, empurrando para fora das universidades paulista os estudantes mais pobres, filhos da classe trabalhadora.


A UNESP é a universidade paulista que mais sofre com a ausência de políticas de
permanência estudantil. O número de bolsas é insignificante e os valores muito baixos,
existem campi sem restaurante universitário e as moradias estudantis não atingem a demanda
de vagas. Os estudantes da UNESP estão se levantando contra esse absurdo, exigindo
a ampliação das políticas de permanência estudantil, a partir das necessidades de cada
 campus. 


Três campi já estão em greve, Marília, Assis e Ourinhos, e outros devem iniciar suas
paralisações nas próximas semanas.

Além da questão da assistência aos estudantes mais pobres, a mobilização também
 reivindica mais democracia na universidade e o fim do PIMESP, o falso projeto de cotas de
 Alckmin. 

É preciso, agora, expandir a greve para toda a UNESP e unificar todos os campi
 em ações comuns de luta e organização, com assembleias em todos os campi e um ato na 
reitoria no dia 10 de maio, como parte do dia estadual unificado em defesa da educação.

Cotas Raciais sim, PIMESP não!


No dia 20 de abril, a ANEL-SP realizou o Seminário Estadual de Cotas Raciais, com o intuito de debater um projeto de cotas raciais do movimento estudantil independente, que contemple as necessidades da juventude negra.

O Seminário rechaçou o PIMESP, projeto baseado na meritocracia, preconceituoso e precarizante.

O PIMESP, ao contrário das reivindicações históricas do movimento negro brasileiro, não reserva vagas aos jovens negros nas universidades públicas estaduais. Pelo contrário, cria mais um obstáculo entre a juventude negra e os bancos do ensino superior público.



Os estudantes, entidades estudantis e movimentos presentes no Seminário elaboraram e votaram uma
proposta de cotas raciais da ANEL-SP. O projeto de cotas da ANEL-SP reivindica a reserva de 37% das vagas das universidades paulistas às cotas raciais, além de políticas de assistência estudantil específicas aos cotistas.



Sabemos que as cotas raciais não vão acabar com o racismo, nem garantir a verdadeira democratização do ensino. No entanto, as cotas raciais são ações afirmativas fundamentais, no sentido de amenizar as marcas em nossa educação pública dos séculos de escravidão e exclusão social do povo negro. A juventude negra tem direito ao futuro!

Boletim | ANEL São Paulo



Todo apoio a luta dos estudantes da UNESP!



A ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre) declara seu total apoio a luta dos estudantes da UNESP por assistência estudantil e contra a aprovação do PIMESP no conselho universitário da UNESP.


A mobilização dos estudantes da UNESP coloca em evidencia a necessidade de mais políticas para assistência e permanência estudantil, denunciando o corte das bolsas de assistência, a falta de vagas para moradias em vários campi, a aprovação do PIMESP em um conselho universitário convocado as pressas e sem respeitar o tempo de debate nas unidades, além de exigir o aumento do valor das bolsas, a construção de moradias e restaurantes universitários, entre outras pautas.

O desmonte das universidades públicas através dos ataques a qualidade do ensino, como o ensino à distância e diplomas de formação continuada, da privatização das pesquisas, através de fundações privadas de fomento são os pilares da aplicação dos projetos dos governos federal e estadual para a educação publica no país e tem sua expressão mais evidente na aguda elitização das universidades do estado de São Paulo.

Nesse sentido, os poucos estudantes que conseguem passar no filtro social imposto para o acesso as universidades que é o vestibular ainda tem que enfrentar o desafio de conseguir se manter dentro da universidade. Na maior parte dos casos, os alunos de baixa renda são obrigados a abandonar os estudos por não conseguirem garantir o pagamento de moradia, alimentação e outros recursos necessários para o estudo!

O orçamento das três estaduais paulistas vem aumentando no ultimo período, acompanhando a taxa de crescimento do consumo, no entanto, quase nada foi repassado aos estudantes através da construção de infra-estrutura de qualidade e assistência estudantil. Dessa forma, o governo segue impedindo que os estudantes de baixa renda continuem seus estudos.

Contra essa política elitista que prevalece entre os dirigentes da universidade e o governador Alckimin nos somamos aos estudantes da UNESP com toda a solidariedade à sua luta e chamamos as demais entidades do movimento estudantil e social a assinarem essa moção e a se somarem as demais iniciativas da greve!