UNIFESP Baixada Santista também enfrenta problemas
Maria Clara, estudante de Serviço social – Executiva da ANEL SP
Estamos há seis anos na espera da entrega do campus oficial da universidade na baixada santista. O campus foi inaugurado esse ano com a presença do Mercadante não sem protestos dos estudantes,e as aulas que deveriam ter começado 8 de fevereiro só tiveram inicio 19 dias depois.
Mesmo com essa inauguração, continuamos a ter aula em um canteiro de obras, com goteiras causando alagamentos, acidentes com trabalhadores, falta de água, sem acessibilidades para terceira idade e deficientes, falta de segurança no campus e fora, sem computadores, sem assistência estudantil e muito mais...
Alem disso, os novos cursos do instituto do mar que estavam previstos como parte da segunda fase do REUNI para a universidade, ocupam hoje um prédio sem estrutura capaz de comportá-los, passando pelo mesmo sufoco que passamos ate o ano passado neste um prédio alugado provisoriamente desde a implementação da universidade na região.
A UNIFESP Baixada Santista vem de um projeto do governo federal de expandir as universidades, o REUNI, mas vimos que essa expansão foi e está sendo totalmente sem qualidade. Achamos que a necessidade de uma universidade publica de qualidade, que garanta acesso e permanecia, atendendo à produção de conhecimento socialmente referenciada expectativas antigas da comunidade que tanto esperou por isso, deve se dar em outros marcos.
Percebemos o descaso do governo frente à educação. A educação não deve ser vista como mercadoria aonde empresas vêm tirar seus lucros e privatizar cada vez mais às universidades publicas, alem de descartar o envolvimento da comunidade acadêmica nas decisões dentro e fora do que defini o rumo da UNIFESP e de toda educação.
Outra expansão é necessária e possível, por isso exigimos 10 % PIB para educação pública já e que sejam asseguradas condições de infra-estrutura e permanência estudantil a todos os campi da universidade!