6 de maio de 2013

Confira o mais novo Boletim da ANEL-SP!


Boletim | ANEL São Paulo

Unificar as lutas em defesa da educação! 

Os professores da rede estadual de ensino estão em greve por melhores salários, condições de trabalho e direitos. Professores e estudantes do Centro Paula Souza estão lutando contra a precarização das ETECs e FATECs. Na rede municipal da capital paulista, professores se mobilizam por melhores salários e condições dignas de ensino. Estudantes da UNESP em greve por mais Permanência Estudantil, mais democracia e contra o PIMESP. O estado de São Paulo vai parar em defesa da educação pública gratuita e de qualidade. 

O descaso com a educação pública é uma realidade de todo o país. Em nosso estado, é evidente a precarização da escola pública e a desvalorização do professor. Nas três universidades públicas paulistas e no ensino técnico, avançam a elitização e a privatização.

No entanto, agora, chegou a vez dos estudantes e professores paulistas mostrarem ao conjunto da sociedade que as políticas educacionais do governo estadual também não nos contemplam. Estamos presentes em todas essas mobilizações, buscando unir professores e estudantes em defesa da educação. É preciso, também, unificar essas lutas!

A ANEL, portanto, faz um chamado ao conjunto dos movimentos e das entidades: vamos construir, no dia 10 de maio, um ato estadual unificado de Luta pela Educação!

 Greve da UNESP: expandir a mobilização e unificar todos os campi


O projeto de universidade do governo estadual pretende elitizar ainda mais a USP, a UNESP e a UNICAMP. Por isso, a enorme insuficiência das políticas de permanência estudantil, empurrando para fora das universidades paulista os estudantes mais pobres, filhos da classe trabalhadora.


A UNESP é a universidade paulista que mais sofre com a ausência de políticas de
permanência estudantil. O número de bolsas é insignificante e os valores muito baixos,
existem campi sem restaurante universitário e as moradias estudantis não atingem a demanda
de vagas. Os estudantes da UNESP estão se levantando contra esse absurdo, exigindo
a ampliação das políticas de permanência estudantil, a partir das necessidades de cada
 campus. 


Três campi já estão em greve, Marília, Assis e Ourinhos, e outros devem iniciar suas
paralisações nas próximas semanas.

Além da questão da assistência aos estudantes mais pobres, a mobilização também
 reivindica mais democracia na universidade e o fim do PIMESP, o falso projeto de cotas de
 Alckmin. 

É preciso, agora, expandir a greve para toda a UNESP e unificar todos os campi
 em ações comuns de luta e organização, com assembleias em todos os campi e um ato na 
reitoria no dia 10 de maio, como parte do dia estadual unificado em defesa da educação.

Cotas Raciais sim, PIMESP não!


No dia 20 de abril, a ANEL-SP realizou o Seminário Estadual de Cotas Raciais, com o intuito de debater um projeto de cotas raciais do movimento estudantil independente, que contemple as necessidades da juventude negra.

O Seminário rechaçou o PIMESP, projeto baseado na meritocracia, preconceituoso e precarizante.

O PIMESP, ao contrário das reivindicações históricas do movimento negro brasileiro, não reserva vagas aos jovens negros nas universidades públicas estaduais. Pelo contrário, cria mais um obstáculo entre a juventude negra e os bancos do ensino superior público.



Os estudantes, entidades estudantis e movimentos presentes no Seminário elaboraram e votaram uma
proposta de cotas raciais da ANEL-SP. O projeto de cotas da ANEL-SP reivindica a reserva de 37% das vagas das universidades paulistas às cotas raciais, além de políticas de assistência estudantil específicas aos cotistas.



Sabemos que as cotas raciais não vão acabar com o racismo, nem garantir a verdadeira democratização do ensino. No entanto, as cotas raciais são ações afirmativas fundamentais, no sentido de amenizar as marcas em nossa educação pública dos séculos de escravidão e exclusão social do povo negro. A juventude negra tem direito ao futuro!

Boletim | ANEL São Paulo