13 de maio de 2013

Todos a luta no #17M!

O dia 17 de maio será de muita luta no país inteiro. E em São Paulo não vai ser diferente, no dia 14/05 o estado irá parar. Em Franca, São Vicente, Araraquara e outros lugares estarão paralisados, reivindicando uma política de permanência estudantil suficiente para as demandas da UNESP e também para impedir a concretização do PIMESP, o projeto racista e precarizante do PSDB.
Esse será o primeiro momento da luta, mas não pára por aí. No dia 17/05, professores, estudantes e funcionários de toda a UNESP se reunirão na plenária, em frente à reitoria da universidade. A ANEL-SP não só se solidariza com a luta, como também convida para que todos os estudantes, das mais diversas unviersidade estejam presentes em apoio à essa mobilização.
Se em Brasília, a ANEL estará debatendo com o MEC por nossas demandas, no país inteiro estaremos nas ruas, lutando e reivindicando nosso direito à moradia, transporte e condições para uma educação de qualidade. Participe!
 

Confira a convocatória nacional para o #17M!
 
CONSTRUINDO O #17M
MEC recebeu 11 DCEs na marcha a Brasília, dia 24 de abril
No histórico 24 de abril, dia de uma grande marcha em Brasília, uma comissão de 10 representantes de 11 Diretórios Centrais de Estudantes, articulada pela ANEL, foi recebida pelo Ministério da Educação (MEC). A comissão reapresentou ao atual Secretário de Ensino Superior, Paulo Speller, as pautas nacionais acumuladas nas bases durante a greve de 2012, mas pouco se avançou. Exploramos a necessidade que vários estudantes brasileiros, ano passado, clamaram por melhorias em assistência estudantil e infraestrutura, ampliação do investimento e fim das tentativas de privatização das universidades públicas, como é o caso da EBSERH.
Com a ausência de respostas, arrancamos uma próxima reunião para o dia 17 maio para discutir um primeiro eixo das muitas greves e mobilizações estudantis do ano passado, que é a assistência estudantil. É preciso retomar a discussão e encaminhar medidas para a conquista de pautas básicas como o investimento mínimo de 2bi para o PNAES, fim dos programas com contrapartida laboral, construção de casas de estudante, reajuste dos valores das bolsas para um salário mínimo, ampliação e gratuidade da alimentação dos restaurantes universitários, entre outros pontos, mas não menos importantes.
Com um ano da greve, nada mudou nas pautas estudantis
Sabemos que, com o REUni e as cotas, novas demandas foram trazidas para a assistência estudantil. Com o aumento do número de vagas e maior diversidade das condições socio-econômicas via cotas, a estrutura e o financiamento das universidades disrítmicos a essa nova configuração que se deu. Nisso, as políticas de assistência ganham caráter exclusivamente assistencialista, por vezes ceifando outros direitos do tripé do ensino superior, perdendo seu papel de dar subsídios de os estudantes continuarem estudando sem dificuldades, o que é nada mais do que um direito constitucional.
O PNAES (2010) resolve que as instituições federais de ensino superior devem garantir vários direitos que proporcionem a permanência do estudante até a conclusão de seu curso. Estão definidos no Plano direitos como moradia estudantil, alimentação, transporte, atenção à saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche, apoio pedagógico, acessibilidade e integração. Porém, muito disso não é visto na realidade concreta dos estudantes brasileiros.
Nisso, o PNAES precisa sair do papel e se tornar política pública efetiva, e, para isso, precisa de prioridade de investimento. Nesse primeiro passo, teremos a certeza de que os índices de evasão das universidades passará a cair e mais estudantes, filhos da classe trabalhadora que sustenta este país, terão condições iguais de concluírem seus cursos e se formarem com dignidade.
A ANEL não é entidade de gabinete! Vamos crescer a mobilização no 17M!
Nós não temos nenhuma ilusão de que reunismos com o governo vão garantir a conquista das nossas pautas. Entre o projeto de educação do governo e o da classe trabalhadora existe um abismo inconciliável. Somente com mobilização, acúmulo das assembleias estudantis, pressão pública e midiática faremos com que o governo ouça o projeto de educação que a ANEL defende, e possamos ter alguma perspectiva de reversão das políticas sucateantes que ele gerencia.
Para isso, a ANEL chama mais um dia de mobilização nacional, o 17 de maio (17M). Um dia simbólico que aniversaria um ano da greve nacional da educação de 2012. Até lá, convocamos o movimento estudantil organizado, os coletivos estudantis, movimentos independentes, centros e diretórios acadêmicos a enviarem para a ANEL suas pautas locais e contribuições nacionais para o eixo de assistência e permanência estudantil. (anelonline@gmail.com)
Como na UFMA, nesse dia 8 de maio, mais reitorias precisam ser ocupadas e reitores precisam ser pressionados a negociar com os estudantes para tratarem de suas pautas locais, que muitas vezes foram abandonadas e pormenorizadas durante a greve do ano passado.
No dia 17 de maio, todo movimento estudantil brasileiro combativo precisa estar mobilizado e nas ruas num grande dia nacional de luta por assistência estudantil. Estaremos nas ruas, enquanto estaremos no MEC, em Brasília, pautando o que é nosso por direito, pelo direito de permanecer estudando e concluir nossos cursos com qualidade.