26 de janeiro de 2014

Estamos com Fabrício!

Repressão em São Paulo usa arma de fogo e deixa jovem baleado






Nem só com bala de borracha e spray de pimenta reprime a polícia militar

O jovem Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, de 22 anos, foi baleado por policiais militares na noite de 25 de janeiro em São Paulo, depois da manifestação que contou com cerca de 3000 pessoas e se desenvolveu de maneira pacífica da Paulista até o centro da cidade, quando a polícia militar interveio com a truculência e desproporcionalidade já conhecida por nós, desde Junho do ano passado.

Fabrício é mais uma vítima da violência da polícia militar de Alckmin, que depois do protesto e das mais de 100 prisões se pronunciou defendendo a ação policial dizendo “a polícia agiu firmemente no sentido de evitar uma tragédia na praça da República”.

Tragédia é o que aconteceu com Fabrício! Segundo a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde o jovem está internado na UTI, ele foi atingido por dois disparos de arma de fogo, um no tórax e outro na virilha, que o fez perder um dos testículos.


Chega de bomba e repressão é meu direito estar na manifestação

O governo Dilma, em aliança com os diversos governos estaduais está cumprindo sua promessa de muita repressão para garantir a "Copa da Paz”, para preservar a ordem, o governo já lançou diversas ações; inquéritos policiais que relacionam ativistas com organizações criminosas, o projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo para prender manifestantes e a nova portaria aprovada pelo governo que regulamenta o uso das Forças Armadas em manifestações sociais na qual os “movimentos sociais reivindicatórios” passam a ser, considerados, como é dito no documento, “forças oponentes”.

Mas o que vimos em São Paulo neste dia 25 foi além disso, três PM’s armados e treinados, contra um jovem, que para “se defenderem” dispararam dois tiros de arma de fogo. Essa é a função da polícia militar em nosso país, alguns relatos de moradores alegam que os policiais gritavam para matar Fabrício.

Queremos a desmilitarização da polícia e o fim da tropa de choque!

O que aconteceu com Fabrício é rotina para a juventude preta e pobre da periferia, porque essa polícia não existe para garantir segurança - não esqueceremos nossos Douglas e Amarildos. Para nós discutir a desmilitarização da PM é parte fundamental da luta contra criminalização e pelo direito à manifestação, que os polícias tenham os mesmos direitos e deveres que qualquer cidadão, que essa polícia civil seja controlada pela população e o fim da tropa de choque!

#Da copa eu abro mão!


Abrimos mão da copa do mundo por Fabrício, abrimos mão da copa por nossos direitos e estaremos ao lado da juventude em luta. Vamos torcer e lutar por mais transporte, moradia, saúde e educação, por um Brasil com direitos sociais. Podemos garantir: dia 25 de janeiro foi só o começo e os governantes que se preparem porque no que depender da juventude #Nãovaitercopa!